Veículos e seu Dono
Relatos das vítimas da Antigomoblistia

 

  A História de um Jeep 1942

  São Paulo, minha cidade natal, ano de 1954, em meio a grande festa do IV Centenário, ganhei de presente um Jeep a pedal modelo 1942 de meu pai, passei a noite namorando o carrinho, aí veio a paixão. Já em 1965, morando em Espírito Santo do Pinhal, com 19 anos, comprei meu primeiro carro, um Jeep 51 verde e lindo, que foi meu companheiro pelos próximos anos, muitos Carnavais e Festas entre “outras” com a capota fechada....   

 

    O tempo passou e na década de 90, um domingo, folheando o jornal encontrei um anuncio: " Vende-se Jeep 1942 ". Liguei imediatamente, o proprietário um ex-Oficial do Exército Alemão colecionador de “Mercedes Benz” com umas dezenas desses e um único estranho em meio as estrelas Alemãs estava o Jeep. Afobado e com muito sotaque ele contou da 2º Guerra, na Itália, em pleno combate dos tiros que levou, e que, já abatido no frio intenso da neve, foi achado por soldados americanos que o colocaram sobre o capu de um Jeep 42, e graças ao calor do motor chegou vivo ao Hospital de Prisioneiros.
    Terminada  a Guerra, depois de alguns anos em 1948, ele veio ao Brasil e comprou um Jeepinho igual ao que tinha salvo sua vida.

    Hoje na minha família, e nosso “Brinquedo”, é muito amado e cuidado cada vez mais original e mais bonito apesar dos 63 anos de idade.  

 Por João Vieira Filho 
 
Tuta

 

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