História do Automóvel no Mundo

 

    O automóvel tal como a humanidade é fruto de um processo evolutivo, sendo seus predecessores o carro puxado a cavalos, no qual foi montado um motor a vapor, que inventaram um jeito de parar, aumentar a potência, fabricar em série...,etc.

    Assim como a humanidade deixou o aspecto simiesco, o carro foi perdendo sua semelhança com as carruagens.  

    No século XIX, surgem as primeiras carruagens sem cavalos, movidas a vapor e tão barulhentas e lentas que desanimariam qualquer um! Mas, os inventores são "pessoas" que pertencem a uma categoria diferente dos outros simples mortais, são persistentes a ponto de serem taxados de "lunáticos", "doidos" e outros adjetivos menos publicáveis. Graças a essa persistência a partir de 1830, foram aperfeiçoados veículos elétricos alimentados por baterias, mais "rápidos e ”silenciosos", mas que tinham o inconveniente de não poder percorrer longas distâncias porque logicamente dependiam de carga das baterias. O Benz 1855, 2 lugares, 3 rodas, velocidade de 13 Km/h foi o primeiro automóvel.

    Em 1860 Étienne Lenoir, constrói o primeiro motor de combustão interna, ou seja, que queima combustível dentro de um cilindro, aliás, o mesmo princípio utilizado nos motores até hoje.

    Entre 1860 e 1870, diversas experiências isoladas em toda a Europa, deram enorme contribuição para o aparecimento de algo muito semelhante ao automóvel que conhecemos atualmente. Dentre estas experiências citamos a construção de um pequeno carro movido por um motor a 4 tempos, construído por Siegfried Markus, em Viena, em 1874.

    Os motores a vapor, que queimavam o combustível fora dos cilindros, abriram caminho para os motores de combustão interna, que queimavam no interior dos cilindros uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo engenheiro alemão Conde Nikolaus Otto.

    Neste motor o combustível era comprimido antes de ser inflamado, o que resultava num considerável aumento de rendimento do motor. Ao surgir a gasolina como combustível, substituindo o gás, o motor passou a ter uma alimentação de carburante independente. Como vimos, já haviam diversas experiências bem sucedidas para o aprimoramento do automóvel, faltava apenas reunir tudo isso num único veículo. Gottlieb Daimler e Carl Benz, cada um ao seu modo, foram os primeiros a utilizar o novo combustível.

    A Pratts que depois seria conhecida como Esso e, atualmente Exxon, lançou a gasolina etílica com chumbo em 1923. Daimler nasceu na Alemanha, em 1834, trabalhara com Otto, de quem se separou, em 1872, para abrir sua própria oficina, perto de Stuttgart, onde passou a contar com a colaboração de Wilhelm Maybach, outro técnico também formado nas oficinas do Conde Otto. Neste mesmo ano surgiu o primeiro motor Daimler-Maybach, comparando com o motor do Conde Otto, que funcionava a 200 rpm (rotações por minuto), o Daimler-Maybach era de alta velocidade e alcançava 900 rpm. Este motor posteriormente foi utilizado numa carruagem em que foram retirados os varais.

    Gottlieb Daimler no primeiro automóvel de quatro rodas provido de motor vertical de 11/2 HP.

    Carl Benz, compatriota de Daimler e dez anos mais novo que este, sonhava com um veículo autopropulsionado. Em 1855, criou um motor de 4 tempos e instalou na parte de trás de um triciclo. Era mais pesado e mais lento que o de Daimler, mas duas características desse veículo persistem ainda hoje: a válvula curta de haste e prato e o sistema de refrigeração a água ( a água não circulava, ficava armazenada num compartimento ) que tinha que ser constantemente abastecido para manter se cheio e compensar as perdas por ebulição.

    Carl Benz, considerado o Pai do Automóvel. Benz era um homem de negócios e em 1887, iniciou a venda de um veículo de três rodas, colocando pioneiramente a disposição da sociedade, um automóvel, veículo que iria mais tarde modificar todos os conceitos de locomoção do ser humano. Nesse tempo Daimler, inventou o motor que seria utilizado mesmo depois do início do século XX.

    Sarazin um advogado "esperto", Edouard Sarazin era especialista em Patentes e ao tomar conhecimento do motor Daimler, conseguiu registrar a patente do mesmo na França, e levou ao conhecimento dos franceses Émile Levassor e René Panhard, nas oficinas de Panhard e Levassor, o automóvel ganhou inovações que deram realmente a forma dos automóveis que hoje conhecemos.

    As inovações tecnológicas de Levassor & Panhard:

  • Motor montado na frente do automóvel com proteção contra lama e poeira.
  • Substituição da transmissão por correias de embreagem e caixa de mudanças.
  • Estabeleceu o sistema motor dianteiro - tração nas rodas traseiras.
  • Os primeiros a conceber um automóvel como peça "única" e não adaptação de um triciclo ou carruagem.
  • Utilização do radiador tubular ( um conjunto de tubos com palhetas de refrigeração ) na frente do automóvel.

    Esta é a primeira berlineta da história, construída em 1895 nas oficinas Panhard - Levassor.

    Quando Levassor morreu em 1897, o automóvel já adquiria sua própria identidade, pois os motores passaram da tradicional montagem em V, para a disposição em linha. Agora qualquer construtor poderia aumentar a potência do motor, bastando apenas acrescentar mais cilindros ao mesmo.

O Primeiro Carro Americano

    O primeiro carro como vimos nasceu na Alemanha, foi aperfeiçoado na França, mas já era fabricado nos Estados Unidos. O primeiro carro americano, o Duryea surge em 1893 !

    E é nos Estados Unidos que teríamos o segundo grande passo para a popularização e evolução definitiva do automóvel, graças ao pioneirismo de Henry Ford.

    Henry Ford - Nasceu nos Estados Unidos em 1863, desde cedo se interessou por mecânica, em 1896 fabricou seu primeiro automóvel, cinco anos depois bateu o recorde mundial de velocidade com seu modelo 999. Em 1903, funda sua empresa, a Ford Motors Company, já defendendo a idéia de que produzindo grande quantidade de automóveis de baixo preço e pouco luxo, obteria maior lucro. Assim, lançou o modelo T, rústico e barato, que logo conseguiu um grande número de vendas, alcançando a marca de 16 milhões de unidades vendidas nos 25 anos em que foi produzido, transformando Henry Ford no proprietário de um dos maiores impérios industriais e econômicos de sua época. 

    O seu conceito inovador, de produção de veículos em série, logo se estendeu para outros segmentos industriais, fazendo surgir às linhas de montagem, e toda uma revolução nos métodos e conceitos de fabricação da época. Segundo dados biográficos, Ford era uma pessoa extremamente dominadora e contraditória, veja alguns exemplos:

  • Pagava aos seus funcionários os maiores salários da época, ao mesmo tempo lutava contra a sindicalização dos mesmos.
  • Era um pacifista, mas montou a maior fábrica de armamentos do mundo durante a guerra.
  • Financiou tanto a construção de um moderno Hospital, como a publicação de um jornal especializado em artigos anti-semitas.
  • Com todas as idéias progressistas, levou sua empresa a uma grande crise financeira, pois relutava em substituir o velho modelo T já bastante ultrapassado ( só em 1927, reaparelhou a fábrica e lançou o modelo A ). Faleceu em 1947, aos 83 anos de idade.

Cronograma da história do Carro

  • 1894 - Vacheron lança o automóvel com volante.
  • 1895 - Panhard fabrica o primeiro automóvel fechado. Os irmãos André e Edouard Michelin lançam os primeiros pneus para automóveis.
  • 1898 - Daimler constrói o primeiro motor de 4 cilindros em linha.
  • 1899 - Daimler introduz a mudança de velocidade em "H" e o acelerador de pé. Renault na França é primeiro a utilizar o eixo de transmissão ligado ao eixo traseiro por meio de cardans.Os automóveis de Dietrich-Bolée vem com pára-brisas como acessórios extras.
  • 1901 - Daimler lança na Alemanha o Mercedes.
  • 1902 - Spyker lança na Holanda um automóvel com tração nas 4 rodas e motor 6 cilindros em linha. Frederick Lanchester inventa o freio a disco.
  • 1903 - Mors apresenta um automóvel com amortecedores. Ader na França fabrica o primeiro V8.
  • 1905 - Surge nos Estados Unidos o primeiro sistema de aquecimento que funcionam com o escapamento do motor.
  • 1906 - A Rolls-Royce lança o Silver Ghost. Nos Estados Unidos surgem os pára-choques.
  • 1908 - A Ford lança o modelo T. A Delco nos Estados Unidos fabricam a primeira bobina e o distribuidor.
  • 1912 - A Peugeot fabrica o primeiro motor com árvore de comando de válvulas, duplos no cabeçote.
  • 1915 - Aparecem nos Estados Unidos os limpadores de pára-brisas
  • 1916 - Aparecem nos Estados Unidos  às luzes de freio acionadas pelo pedal.
  • 1917 - O modelo American Premier inova com um velocímetro.
  • 1921 - Surge nos Estados Unidos  a mudança de luzes automática.
  • 1923 - A Dodge fabrica a primeira carroceria fechada totalmente em aço. A Fiat, na Itália, monta uma coluna de direção ajustável.

O Automóvel no Brasil

    Em 1893, na cidade de São Paulo, que na época contava com 200.000 habitantes, em plena Rua Direita, o povo para ver, entre assustado e encantado, um carro aberto com rodas de borracha. Era um automóvel a vapor com caldeira, fornalha e chaminé, levando dois passageiros. Henrique Santos Dumont  ( pai da aviação ) dirigia no final do século passado em São Paulo um Peugout a gasolina, ele foi trazido alguns anos antes por Alberto Santos Dumont

    Também no Rio de Janeiro em 1897 o automóvel já causava furor. José do Patrocínio, famoso homem das letras brasileiras, vivia a se gabar de seu maravilhoso automóvel movido a vapor passeando pelas ruas esburacadas do Rio, causando imensa inveja no compatriota Olavo Bilac

     Certa feita, José do Patrocínio resolveu ensinar o amigo a dirigir seu carro, e Olavo Bilac conseguiu arremessá-lo de encontro a uma árvore na Estrada Velha da Tijuca. José do Patrocínio ficou muito chateado, mas Bilac com uma gargalhada comemorava o fato de ter sido protagonista do primeiro acidente automobilístico no país!

     Em 1900, Fernando Guerra Duval, desfilava pelas ruas de Petrópolis com o primeiro carro de motor a explosão do país: um Decauville de 6 cavalos, movido a  benzina. Assim nascia a história do automóvel no Brasil, com muito humor para variar. 

    Mas o certo é que em São Paulo, em 1900, o então prefeito Antonio Prado instituiu leis regulamentando o uso do automóvel na cidade, já instituindo uma taxa para esse veículo, assim como era feito com os tílburis ( carruagem ) e outros meios de transportes. Henrique Santos-Dumont, o pioneiro solicitou ao prefeito, isenção do pagamento da recém instituída taxa alegando o mau estado das ruas. 

    Houve muito bate boca entre os dois e a prefeitura cassa a sua licença, e também a cobiçada placa P-1, que acabou parando no carro de Francisco Matarazzo.

    Em 1903, tínhamos em São Paulo 6 automóveis circulando pela cidade, e a prefeitura tornou obrigatória a inspeção dos veículos, para fornecer uma placa de identificação, que seria obrigatoriamente afixada na parte traseira do carro. Veja que nosso prefeito pensava longe, até a velocidade para o veículo já dispunha de regulamentação: "Nos lugares estreitos ou onde haja acumulação de pessoas, a velocidade será de um homem a passo. Em nenhum caso a velocidade poderá ultrapassar a 30 Km por hora" .

    Em 1904, criou-se o exame para motoristas, sendo a primeira carta de habilitação em São Paulo entregue a Menotti Falchi, dono da Fábrica de Chocolates Falchi. Em 1904, São Paulo já tinha 83 veículos. No início, os automóveis eram privilégio de uma pequena elite, e causava um inconveniente que acabou gerando uma nova profissão: o chauffer, palavra importada assim como os primeiros motoristas particulares, eram um emprego muito bem remunerado e garantia um excelente tratamento aos seus ocupantes, na maioria estrangeiros.

    A primeira corrida automobilística ocorrida no Brasil foi a São Paulo, no dia 26 de julho de 1908, no Parque Antarctica uma multidão que pagou 2.000 réis pela oportunidade esperavam ansiosos pelo vencedor do Circuito de Itapecirica. Repórteres nacionais e estrangeiros cobriam o evento, que também era o primeiro de toda América do Sul. O grande vencedor foi o paulista Sylvio Penteado, com seu Fiat de 40 cavalos, com uma média de 50 Km/h, ele cumpriu o trajeto de 70 km em 1 hora 30 min. e 5 segundos. 

    Neste mesmo ano o conde francês Lesdain, realiza a pioneira travessia Rio-São Paulo em 700 Km. de estradas tortuosas, que ele venceu em 33 dias num carro Brasier de 16 cavalos. Antonio Prado Júnior, no mesmo ano organiza uma caravana de bandeirantes sobre rodas de borracha, com destino a Santos (S. P.) pelo perigoso e abandonado Caminho do Mar, a aventura durou 36 horas. 

    Em 1908 foi criado o Automóvel Clube de São Paulo, para estimular o automobilismo na cidade, na mesma época no Rio de Janeiro é criado o Automóvel Club do Brasil. Começava uma história de paixão do povo brasileiro pelos automóveis, uma paixão que se iguala ao time do coração, a religião, ao amor.

    A paixão pelos automóveis logo trouxe a vontade de se fabricar os automóveis aqui mesmo, e em 1907 uma empresa que se dedicava a fabricação e reparos em carruagens de tração animal, Luiz Grassi & Irmão, montou e colocou em funcionamento em São Paulo, um Fiat.

    Com US$ 25 mil ( equivalente a 111 Contos de Réis ) desembarcava no Brasil a Ford Motors, instalando-se primeiramente num armazém alugado na Rua Florêncio de Abreu em São Paulo, com 12 funcionários. O primeiro projeto era a montagem do famoso modelo T , aqui carinhosamente apelidado de Ford Bigode, e já no ano seguinte eram montados os primeiros caminhões, obrigando a empresa a procurar um local maior, muda-se então para a Praça da República, num local onde mais tarde funcionaria o Cine República

    Em 1922, transfere-se para o Bom Retiro, ficando até 1953, quando se instalou no Ipiranga. Atualmente sua unidade principal, localiza-se no Bairro do Taboão em São Bernardo do Campo ( cidade considerada a Detroit brasileira ). 

    Em 1925, chega a General Motors, instalando-se primeiramente num armazém arrendado na Avenida Presidente Wilson, no bairro do Ipiranga São Paulo. Veio com um capital social de 2 Mil Contos de Réis, logo de início tinha capacidade para montar 25 carros por dia, com grande sucesso as vendas ao término desse mesmo ano, a empresa contabilizava 5.597 veículos vendidos, obrigando a fábrica a aumentar a produção diária para 40 veículos. Em 1930 a GM muda para um terreno de 45.000 metros quadrados em São Caetano do Sul - São Paulo, onde permanece até hoje.

    O presidente Getúlio Vargas, a partir de um documento da Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis, estabelece que os veículos só poderiam entrar no Brasil totalmente desmontados, e sem componentes que já fossem fabricados por aqui. Este foi o primeiro grande impulso para a Nacionalização e formação de uma Indústria Automobilística no Brasil.

    Aí chegamos ao Governo de Juscelino Kubitscheck, com a promessa de realizar 50 anos em 5, delega ao Almirante Lucio Martins Meira ( nomeado Ministro da Viação e Obras Públicas ) a missão de comandar o Grupo Executivo da Indústria Automobilística ( GEIA ), que estabelece metas e regras para a definitiva instalação de uma indústria automobilística no Brasil. Através do GEIA eram oferecidos estímulos fiscais e cambiais às empresas interessadas, que deveriam se comprometer com a nacionalização dos veículos aqui fabricados. Os caminhões deveriam ter 90% de seu peso total, em componentes nacionais, e os automóveis 95%. Em pouco tempo estas metas foram cumpridas e até superadas.

    Com Collor na presidência, caem as barreiras alfandegárias e o Brasil é literalmente tomado pelos importados, já que nosso ex-presidente achava os nossos carros nacionais verdadeiras "carroças", essa quebra de barreiras, fez com que a indústria brasileira acordasse de um sono letárgico de anos de protecionismo e renova suas linhas, oferecendo lançamentos quase simultâneos de seus produtos mundiais.

Veja ainda, abaixo matérias dos precursores do automóvel, verdadeiras jóias ainda preservadas intactas.

 

FARDIER DE CUGNOT (1771)

    Percussor do automóvel, este modelo, foi criado pelo militar francês Nicolas Joseph Cugnot em 1771. Era movido a vapor, com dois cilindros verticais, 62.000 cm3 de cilindrada e chegava aos 4 km/h. Consta que sofreu o primeiro acidente da história do automóvel, ao se chocar com o muro do quartel onde Cugnot servia como engenheiro militar. Este modelo ( original ) pertence ao Museé National des Techniques, de Paris.

 

THREVITHICK'S LONDON STEAM CARRIAGE (1803)  

    Se você ouvir alguém afirmando que os primeiros carros eram carruagens com motor, acredite. Pelo menos esta é a conclusão que pode-se chegar observando este veículo fabricado em 1803. Seu motor era a vapor, com um cilindro horizontal. Tinha 11.700 cm 3, 3 cv. de potência e chegava aos 13 km/h. Foi desenvolvido por Richard Threvithick Junior, da Inglaterra e hoje pertence ao colecionador inglês Tom Brogden

 

DE DION-BOUTON-TRÉPARDOUX "DOG CART" (1885)    

    Construído em 1885 pelo trio francês Albert de Dion, Charles-Armand Trépardoux e Gerge Bouton. Tinha tração nas rodas dianteiras e direcionais nas traseiras. Utilizava dois motores a vapor, gerando 5 cv. e 760 cm3 de cilindrada, atingindo os 40 km/h. Hoje, pertence ao Museé Automobile de La Sarthe, na França.

 

BENZ (1886)

   O triciclo de Carl Benz é considerado o primeiro automóvel da história. Criado em 1886 na Alemanha, tinha um motor monocilíndrico horizontal de 580 cm3 e 0,7 cv. de potência. Considerado uma verdadeira obra-prima da engenharia no final do século passado, este modelo original pertence ao Museu da Mercedez-Benz, na Alemanha.

 

VICTORIA DAIMLER (1886)  

    Na mesma época em que Benz criava seu triciclo, Gottlieb Daimler também trabalhava na criação de um automóvel, o Victoria, estando a pouco mais de 100 km de distância de distância de Benz. Tinha motor de um cilindro vertical, com 462 cm3 e 1,1 cv. Nunca se conheceram, e a Daimler só se juntou à Benz depois de suas mortes ( depois da junção a empresa se chamou Mercedez-Benz ). O modelo, também original, pertence ao Museu da Mercedez, na Alemanha. 

 

SLM (1886)

    Este triciclo a vapor, foi obra do inglês Charles Brown em 1886, que trabalhava na SLM da Suiça. Um fato curioso deste triciclo é que o motor era movido a vapor por petróleo. Tinha dois cilindros verticais, 2 cv. de potência e chegava aos 10 km/h. É propriedade do Technorama Winterfhur da Suiça.

 

OMNIBUS SCOTTE (1892)

    O ônibus a vapor, da empresa Scotte francesa, lançado em 1892, com tamanho sucesso dois anos mais tarde participou da prova Paris-Rouen. Com motor dianteiro e tração traseira, utilizava dois cilindros verticais, 1.986 cm3 e chegava aos 12 km/h. Pertence ao Museé Henri Malarte, da França.

 

PEUGEOT T4 "BET DE TUNIS" (1892)

    Entusiasmado com as invenções de Daimler e Benz, Armand Peugeot resolveu também construir seu veículo. O Type 4, usava motor fornecido pela Daimler, V2 de 1.018 cm3, que levava o carrinho aos 25 km/h. Este acordo terminou três anos depois quando Daimler e Peugeot se desentenderam. Pertence aos Museé Peugeot, na França.

 

ELEKTROMOBIL LONNER-PORSCHE (1900)  

    Em 1900, a genialidade de Ferdinand Posche começa a se manifestar. O Encarroçador Ludwig Lohner fornecia viaturas oficiais para a corte austríaca, quando conhece um um jovem de 24 anos, chamado Ferdinand Porsche, e resolveram criar um carro elétrico. Usava dois motores elétricos, incorporados às rodas dianteiras, de 2,5 cv. e autonomia de 3 horas. A velocidade oscilava entre 17 e 50 km/h. Trinta anos depois Porsche criaria o Volkswagem. Este raríssimo modelo pertence ao Technises Museum, da Áustria.

 

ROLLS-ROYCE (1904)

    Foram produzidas 16 unidades entre 1904 e 1907. Criado por dois aristocratas ingleses, Frederick Henry Royce e Charles Stewart Rolls. Tinha motor de dois cilindros, 1.809 cm3, 10 cv. e chegava aos 60 km/h. Royce desenvolvia os carros e Rolls, bem relacionado, tratava de vendê-los. Faz parte da coleção da Rolls- Royce.

 

HELICA (1919)  

    Movido por uma hélice, foi criado pelo francês Marcel Leyat. Misto de avião e automóvel, teve 30 unidades construídas entre 1919 e 1925. Utilizava muitos conceitos aeronáuticos, usava motor de dois cilindros horizontais, com 8 cv. de potência e chegava aos espantosos 100 km/h de velocidade, mas durante uma prova no circuito de Monthléry chegou a mais espantosos ainda a 170 km/h. Pertence a uma coleção particular na França.